"As mulheres têm o direito de tomar essa decisão muito pessoal com sua família", disse a candidata. Foto: Reprodução/AFP |
Os candidatos presidenciais democratas Hillary Clinton e Bernie Sanders declararam seu apoio para manter o “direito ao
aborto”, até o momento do nascimento do bebê, embora seus posicionamentos
tenham sido expressos de diferentes maneiras.
Em aparições separadas no mesmo palco, na
noite da última segunda-feira, 7, em Detroit, Michigan, Clinton e Sanders foram
questionados sobre o aborto na câmara municipal, televisionada pela Fox News.
"Você pode citar uma única
circunstância em qualquer ponto de uma gravidez em que você concorda que o
aborto seja ilegal?", perguntou o moderador Brett Baier. Sanders não
revelou o nome de uma única circunstância, dizendo: "É errado que o
governo diga a uma mulher o que fazer com seu próprio corpo".
"Eu sei que nem todo mundo aqui vai
concordar comigo. Eu acredito que é errado que o governo diga a uma mulher o
que fazer com seu próprio corpo. Eu entendo que há pessoas honestas. Quero
dizer, eu tenho um monte de amigos, alguns apoiantes, alguns discordam. Eles sustentam
um ponto de vista diferente, e eu respeito isso. Mas esse é meu ponto de
vista", disse Sanders, um senador norte-americano de Vermont.
Quando questionado, mais especificamente,
se deve haver restrições ao aborto tardio, ele disse: "Eu sou pró-escolha
e acredito que seja uma escolha a ser feita entre uma mulher, seu médico e sua
família".
Hillary
A resposta de Clinton para a questão do
aborto foi mais sutil, mas na prática, soou como a mesma posição de Sanders. "Você
acha que uma criança deve ter quaisquer direitos ou proteções antes de seu
nascimento? Ou você acha que não deve haver quaisquer restrições sobre
quaisquer abortos em qualquer fase da gravidez?", Baier perguntou.
"Conforme o caso 'Sob Roe v. Wade',
que está enraizado na Constituição, as mulheres têm esse direito de tomar essa
decisão muito pessoal com sua família, de acordo com a sua fé, com o seu
médico", ela respondeu. "Não é muito certo se ela for totalmente
limitada e restrita".
Depois Baier pressionou novamente:
"sem quaisquer exceções?". Clinton disse que iria apoiar restrições
ao mandato de abortos tardios, desde que eles tenham "exceções para a vida
e a saúde da mãe".
No caso do Supremo Tribunal de 'Doe v.
Bolton', a exceção de saúde foi definida tão liberalmente que efetivamente fez
com que o aborto fosse legalizado durante todo o prazo de uma gravidez. A saúde
da mãe pode ser "exercida à luz de todos os fatores - físico, emocional,
psicológico, familiar e idade da mulher - relevante para o bem-estar da
paciente", disse o tribunal.
Ao que tudo indica, Clinton e Sanders estão
fora de sintonia com a grande maioria dos norte-americanos sobre esta questão. De
acordo com uma pesquisa feita pelo instituto “Gallup”, 80% dos norte-americanos
em 2012, acreditavam que o aborto deveria ser ilegal nos últimos três meses de
gravidez. Já uma pesquisa semelhante de janeiro 2015 mostrou que 84% dos
norte-americanos acreditam que o aborto deve ser restringido, quer ao primeiro
trimestre ou apenas a casos de estupro, incesto e/ou para salvar a vida da mãe.
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informações do Portal Guiame
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